O filme Ferrari retrata uma época difícil para a marca e para o seu fundador e a tentativa de Enzo Ferrari salvar a empresa da falência ao inscrever a sua equipa de competição – a Scuderia Ferrari – na Mille Miglia em 1957.
Uma aposta que ficou para a história pelo trágico acidente ocorrido naquela prova de resistência italiana ao vitimar um piloto e largas dezenas de espectadores. Este documento vivo levado à tela serviu de pretexto para juntar dois pilotos de diferentes gerações, desafiando-os a analisar algumas questões, do passado e do presente, do desporto automóvel.
Como a ausência de segurança na competição que se verificava há quase 70 anos, “algo que aos olhos de olhos de hoje é um mau exemplo” para o piloto Mário Silva. Para este veterano, que ainda participa em provas e integra a direção da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, mas que que iniciou a carreira no início da década de 70, naquela época “era quase um milagre não haver tragédia em qualquer acidente pela velocidade aliada à falta de proteção”.
Já Manuel Espírito Santo, por ser um piloto da nova geração, atualmente a dar cartas na Le Mans Prototype 3, vê este filme como retrato de “uma época” mas que serve bem para “mostrar os avanços tecnológicos que pautam o desporto automóvel”, onde a segurança é inquestionável e permanentemente escrutinada nos seus vários aspetos. Desde logo pelo equipamento dos pilotos “à prova de fogo e homologado pela FIA”.
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Para ambos os pilotos o filme Ferrari “é uma viagem no tempo” que ajuda a perceber como o desporto automóvel evoluiu sem esquecer a importância que a tecnologia assume nos dias de hoje na medida em que também ela comanda muito a forma de correr.
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