Cada vez mais presentes nas estradas portuguesa, os radares de velocidade estão longe de gerar consenso junto dos condutores.
Para nos ajudar a compreender as posições assumidas pelos condutores nacionais acerca deste tema, convidámos para este episódio do podcast ACP o presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, José Miguel Trigoso, e o ex-piloto Ernesto Neves.
Afinal, se nos últimos anos o investimento em radares e a receita do Estado com multas por excesso de velocidade têm vindo a aumentar, a redução expectável da sinistralidade não se tem verificado.
Para José Miguel Trigoso tal deve-se, em grande parte, à ineficácia das campanhas lançadas, acusando-as de não se focarem nos grupos que visam alcançar nem na mudança de comportamentos.
Para o presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, é também altura de reavaliar os limites de velocidade impostos em alguns locais, reduzindo-os em alguns casos, mas aumentando-os noutros.
Apesar de reconhecer os radares como “uma das ferramentas na luta contra o excesso de velocidade”, José Miguel Trigoso reforça que estes não devem ser a única forma de combate à sinistralidade.
Já Ernesto Neves critica a falta de sinalização referente não só aos limites de velocidade como à presença de radares, dando como exemplo o radar presente na localidade de Foros de Almada, um dos que mais multas registou no ano passado. Para corrigir esta questão, defende que parte da receita obtida com os radares deve ser investida em sinalização.
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Acerca do tema da sinalização, José Miguel Trigoso reconhece que esta deve ser reforçada. Porém, é crítico da sinalização referente à presença de radares, especialmente de velocidade média, recordando que em muitos países europeus existe apenas um aviso geral da sua presença em vez de uma indicação concreta da sua localização.
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