Foi uma prova emotiva até ao último troço cronometrado. O piloto açoriano Ricardo Moura comandou sempre em termos nacionais e só perdeu a vitória europeia nos derradeiros quilómetros da última especial de classificação. Sem pretensões de lutar por qualquer campeonato, Moura pretendia apenas procurar o melhor resultado na sua prova de eleição. O Azores Rallye foi a 2ª prova pontuável para o europeu da especialidade, e também para o Campeonato de Portugal de Ralis, onde o piloto açoriano foi sempre líder, da primeira à última especial.

Dois dias de competição intensa, com condições atmosféricas adversas durante todo o dia de sábado, o piloto local deixou sempre a concorrência mais direta a considerável distância. Com chuva intensa e ventos fortes, Ricardo Moura viria a terminar o primeiro dia no comando do CPR, com vantagem considerável para Armindo Araújo (35,5 segundos) e para Bruno Magalhães (1m04,5). No domingo, mais sete especiais de classificação colocaram Ricardo Moura ainda mais confortável no comando do CPR, terminando a prova em termos nacionais com 1m45,3 de vantagem para Armindo Araújo e 2m59,2 para Bruno Magalhães. Depois do pódio nacional, classificaram-se ainda Miguel Correia na 4ª posição e José Pedro Fontes no 5º lugar, ambos a mais de cinco minutos de Ricardo Moura.

Mas quem lucrou mais com o Azores Rallye foi mesmo Armindo Araújo que, apesar de ter sido 2º classificado para o CPR e 5º da geral em termos europeus, sai da ilha de São Miguel no comando dos dois campeonatos, liderando o nacional com 50 pontos e até o Campeonato da Europa de Ralis com 45 pontos, fruto do 2º lugar alcançado em Fafe e do 5º lugar no Açores, batendo na classificação ERC, Éfren Llarena por três pontos, apesar do piloto espanhol ter vencido a prova açoriana, com apenas 2,6 segundos de vantagem para Ricardo Moura. A próxima prova do CPR é o Rali Terras d’Aboboreira que se disputa a 15 e 16 de abril.