Os números da GNR e PSP não deixam margens para dúvidas: o falso acidente é um tipo de burla cada vez mais praticado em Portugal.

Segundo a GNR, em 2024 registaram-se 34 denúncias relativas a este tipo de burla. Já a PSP revela números ainda mais preocupantes: desde o início do ano já se esta força de segurança já registou 43 ocorrências deste género em todo o país.

Na prática este tipo de burla é muito simples e consiste na simulação de um acidente. Muitas vezes os burlões danificam a própria viatura para parecer credível e agem como se a vítima lhes tivesse batido no carro.

Em seguida exigem o pagamento dos estragos, assumindo uma postura “intimidatória e ameaçadora” como ressalvou João Gaspar, da GNR, em declarações à Revista ACP.

Se houver resistência por parte da vítima em relação ao pagamento, muitas vezes propõem um valor mais baixo para criar a ilusão de que a estão a ajudar.

Usualmente acompanham-na ao multibanco para forçar o levantamento do dinheiro.

O militar da GNR prossegue explicando que “as vítimas são, principalmente, as pessoas mais vulneráveis, especialmente os idosos. Este tipo de burla acontece, normalmente, nos parques de estacionamento das grandes superfícies comerciais e postos de abastecimento, mas temos também registo de ter acontecido em zonas mais isoladas”.

Segundo a GNR, os distritos onde se tem verificado um maior aumento deste tipo de burla foram os distritos de Lisboa, Santarém, Aveiro e Setúbal.

O que fazer nestas situações?

São vários os conselhos deixados pela GNR e PSP para quem for vítima deste tipo de burla. O primeiro passa por manter a calma e não ceder à pressão caso de deparem com uma tentativa de burla. Já o segundo é que chamem as autoridades policiais.

Por fim, para quem já foi vítima, o conselho passa por proceder à denúncia e dar o máximo de informações possíveis (descrição do burlão e características da viatura) por forma a facilitar a investigação.