Price começa defesa do título ao ataque

| Revista ACP

Toby Price foi o primeiro vencedor da estreia do Dakar em terras Sauditas. Paulo Gonçalves foi o melhor português em 13º.

Começou, finalmente, o Rally Dakar 2020, a mais dura prova de Todo-Terreno do mundo, que, este ano, se estreia na Arábia Saudita com os mais de 7.000 km de percurso a serem disputados na íntegra no reino saudita.

Logo neste primeiro dia de ação os pilotos tiveram pela frente mais de 750 km de prova, dos quais 319 foram disputados ao cronómetro numa especial que ligou Jeddah a Al Wajh com um pouco de tudo o que vão encontrar ao longo de todo o Dakar: areia, terra, asfalto, pedras e dunas.

Uma tirada onde o vencedor do ano passado, Toby Price, não hipóteses aos rivais. Depois de ter largado em 23º, o australiano controlou pela primeira vez em segundo, atrás de Ricky Brabec, mas ainda perdeu uma posição para Mathias Walkner no controlo seguinte. Algo que o piloto da KTM acabou por solucionar pouco depois ao assumir o comando da prova ao km 105 para não mais o perder até final para vencer com um tempo de 3:19:33s

Enquanto isso, o norte-americano Brabec teve um deslise precisamente na altura em que Price subiu à liderança, caindo para sétimo, mas foi sol de pouca dura. No controlo seguinte o homem da Honda era já segundo, posição em que acabou por terminar a 2:40s da frente.

O mais baixo do pódio deste primeiro dia de competição ficou a cargo de Walkner. O vencedor da edição de 2018 do Dakar também começou de trás, como Price, mas teve uma jornada mais difícil. O austríaco ainda logrou controlar uma vez em segundo, mas passou por outros dois CP em quinto e, no final, não teve como ir além do terceiro lugar, a 2:40s do primeiro.

Já no que toca aos portugueses, Paulo Gonçalves foi o melhor. A estrear-se com a Hero, “Speedy” terminou a etapa em 12º depois de um dia algo complicado e com muitos altos e baixos. Ainda assim, os cerca dez minutos de atraso que leva para Price pouco ou nada representam nesta altura da prova em que ainda está tudo pela frente e onde a única coisa que se pode garantir desde já é perder.

Grande recuperação fez António Maio. O “Capitão” partiu de 50º e logrou cruzar a meta em Al Wajh na 23ª posição com a Yamaha. Inversa foi a prestação do seu grande rival Mário Patrão. O luso da KTM foi o 29º à partida, mas depois de dificuldades acabou por terminar o dia em 41º.

O luso-germânico Sebastian Bühler, em Hero, foi 32º depois de ter recuperado várias posições e de ter chegado a rodar em 17º, enquanto o luso-espanhol Fausto Mota teve vários problemas, terminando em 53º depois de ter sido 36º à partida.

Quem está a ter um dia para esquecer é Joaquim Rodrigues. O “mochileiro” de Paulo Gonçalves parou com problemas na moto e, até ao momento, controlou apenas até ao km 86, o terceiro CP da etapa.

Amanhã, os pilotos das duas rodas têm já uma primeira Etapa Maratona, com apenas 10 minutos de assistência para os melhores depois de 367 km de especial.

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