Oficialmente o carro mais caro de sempre a ser vendido foi um Ferrari 250 GTO de 1962, que custou 48,4 milhões de dólares (42,9 milhões de euros) em 2018, num leilão da Sotheby's durante a Monterey Car Week na Califórnia.
O modelo participou em várias competições, tanto de velocidade como de resistência e pertenceu durante 20 anos a Gregory Whitten, um colecionador famoso de vários modelos da marca italiana.
O segundo carro mais caro a ser vendido em leilão foi outro Ferrari GTO, vendido por $38,1 milhões (33,8 milhões de euros) em 2014. É de salientar que existe um GTO vendido por mais de 70 milhões de dólares em 2018, mas este foi vendido numa venda privada e não em leilão público. Foram fabricadas apenas 36 unidades do Ferrari GTO entre 1962 e 1964 e o modelo foi concebido para corridas de Gran Turismo e para fazer frente a nomes como AC Cobra e Aston Martin DB4 GT.
Relativamente ao motor, era o conhecido bloco de 3 litros Colombo V12 que produzia cerca de 300 cavalos. O seu visual foi um dos mais emblemáticos de todos os tempos. No entanto, o modelo não foi especialmente inovador para o seu tempo e as suas prestações no desporto motorizado eram sólidas, mas não deslumbrantes. Assim, nos anos 70, o Ferrari 250 GTO tornou-se rapidamente um carro de corrida obsoleto com modelos a serem vendidos por baixo valor.
Mas a partir do final dos anos setenta, à medida que os valores dos carros clássicos começaram a subir, o mesmo aconteceu aos GTO. Uma produção de 36 unidades e todos construídos à mão ajudou a criar a lenda.
Mas foi apenas em 1990 que este modelo recebeu a devida atenção. Os entusiastas e colecionadores aperceberam-se que motor, visual, carroçaria construída à mão e o facto de ter sido um modelo de corrida, do uma fase que muitos consideram ser a era dourada da Ferrari resultou na valorização exponencial deste modelo. O Ferrari 250 GTO tem sido o automóvel mais apreciado entre todos os modelos disponíveis no mercado e é por isso o carro com o preço mais alto alguma vez pago, tanto em venda privada como em leilão, sendo o expoente da marca de maior valor atingue entre os clássicos.