Fomos copilotos por um dia na Hilux T1+ e no GR Yaris

| Revista ACP

A Toyota quis mostrar a sua aposta no desporto e acabámos a bordo de dois dos seus carros de competição.

Hilux-e-GR-Yaris

Presente a nível oficial no todo-o-terreno, nos ralis e nas provas de resistência, a Toyota é hoje um dos construtores que mais apostam no desporto automóvel. Portugal não é exceção a essa aposta e a marca japonesa deixou-o claro num evento levado a cabo no Outeiro Test Center, em Leiria.

Depois de uma viagem de cerca de uma hora, esperavam-nos num antigo areeiro transformado em pista de testes dois dos modelos com que a Toyota alinha em provas de automobilismo a nível nacional e internacional.

Um deles era a Toyota Hilux T1+ pilotada por João Ramos no Campeonato Portugal de Todo-o-terreno. O outro era o GR Yaris com que Pedro Lago corre no Toyota Gazoo Racing Iberian Cup.

 

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A experiência proposta pela Toyota era daquelas que fazem elevar os níveis de adrenalina: ocupar o lugar do copiloto e, durante alguns minutos, poder descobrir em primeira mão como é estar a bordo destas máquinas de competição.

A primeira volta ao circuito do Outeiro Test Center foi feita a bordo da Hilux T1+. Pensada para enfrentar o Rally Dakar, a pick-up começa por impressionar pelas suas dimensões, principalmente a altura ao solo e a largura de vias, que denunciam uma evoluída suspensão cujas mais-valias depressa ficámos a conhecer (e a apreciar).

É preciso alguma destreza para entrar no habitáculo da Hilux, mas com o roll-bar a servir como ponto de apoio e o pneu sobressalente a cumprir as funções de estribo, torna-se mais fácil entrar na pick-up.

Com o V6 biturbo de 3.5 l e cerca de 400 cv a ecoar no habitáculo, a Hilux T1+ vai “devorando” o circuito do Outeiro Test Center, deixando claro que entre si e o seu piloto já não há segredos.

Quando o instinto nos diz que é suposto travar, João Ramos ainda acelera; quando pensamos que a melhor trajetória é longe da valeta é precisamente por lá que a Hilux passa. Tudo isto deixou evidente a capacidade das suspensões para passarem por cima de todos os obstáculos com impressionante à-vontade.

As curvas foram-se sucedendo a um ritmo impressionante e, à medida que a bacquet se tornava um lugar mais confortável, a experiência a bordo da Hilux T1+ tornou-se particularmente divertida, assemelhando-se muito a uma volta numa montanha-russa que, como sempre, no final lamentamos que tenha terminado.

Depois das emoções fortes a bordo da máquina com que a Toyota disputa o Dakar, muitos poderiam pensar que a experiência a bordo do GR Yaris seria menos emocionante. Se o fizessem, estariam rotundamente enganados.

Sim, o três cilindros com 1.6 l e 262 cv é menos impressionante que o V6 da Hilux, mas o ritmo que impõe depressa nos deixa surpreendidos. Afinal, apesar das roupagens de rali, convém não esquecer que o carro usado por Pedro Lago no Toyota Gazoo Racing Iberian Cup é muito próximo tecnicamente à versão de produção.

No final da volta a bordo do GR Yaris lamentámos não poder pedir um “bis”, mas saímos do utilitário japonês com uma certeza: está ali uma ótima “escola de ralis”.

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